segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Novembro: Frio e Chuvoso


Boa Noite
Segunda feira a noite, uma fria e chuvosa noite de novembro.
Hoje foi um dos dias mais felizes que possuo na memória, é incalculável a felicidade que uma pessoa que gosta da solidão pode ter quando se encontra em grupo, acolhido pelos seus defeitos muito mais valorizados do que suas qualidades.
É claro que nem tudo são flores, as longas noites de inverno foram embora e os longos dias se aproximam destruindo minha penumbra de aconchego que só a noite me traz, os raios de sol cortam minha alma pois seu calor me remete a mais um ano que acaba e eu continuo em minha posição vulnerável entregue a quem não merece minha confiança e meu tempo. Dentro disso me envolvo dentro de um castelo de mentiras e vícios, que sempre desejei que atrás de suas muralhas ficasse protegido como que blindado para o mundo exterior.
A cada dia que passa vejo que essa muralha já não pode mais sustentar meu conforto,  que tenho que buscar novos campos, novos pastos, novas terrar, largar de vez destas amarrar e me fazer livre de algemas que insistem em me prender em um terreno que não é o meu. Talvez após a calmaria venha a tempestade e seja disso que eu precise para me por de pé novamente. Mas se aceitar isso como verdade precisarei aceitar que tudo que julguei conquista até o dia de hoje não passa de nada, nada além de uma série de decisões em cadeia que não me levaram a lugar nenhum, como se andasse em círculos, e o único conhecimento seja que “aprendi a andar melhor”.
Continuo estagnado, preso a vícios que não me levam a nada, escondido atraz de mentiras que não sou, até quando essas duas pessoas abitarão esse mesmo corpo? Até quando serei capaz de aguentar que eu não sou dois, e sim um só. Mas disso todos dizem que faz forte, mas estes que o falam não estão dentro de mim sentindo o que sinto, fazendo o que faço, abandonando e se engajando em coisas que não julgam se seriam as corretas.
O certo é que não há a opção para mim de parar e voltar atras, já passei do ponto de retornar em minhas decisões, tudo que posso fazer é recomeçar, e recomeçar, e recomeçar, não que seja algo difícil de fazer, mas é que a falta de segurança de um inicio é muito dolorosa. E sem base, ou apoio é muito difícil de fazer qualquer coisa. Por isso me escondo atraz de mascaras, me fazendo de ocupado todo o tempo para não pensar em mais nada, pensar em mim pode ser o caminho, pensar no futuro também, mas o futuro nunca se torna presente se não agirmos, e para onde devo agir se ao pensar em mim não sei em qual dos dois eu devo confiar?
Dizem que as perguntas movem o mundo, gostaria de saber que resposta o faria parar? Eu a cada dia acho que ele gira mais rápido, e quando mais rápido ele gira mais penso que eu estou de carona, como se estive nele sabendo onde ele deve chegar mas sem saber o caminho percorrer e o tempo que irá levar.
O importante é que o sol ainda nasce, e que precisamos fazer disso o melhor possível.

Bom dia!