segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Auto-ajuda


Boa noite, hoje me vi entediado, e peguei um desses livros de auto-ajuda para ler, nada demais, não preciso ir em um psicólogo nem nada, mas não tinha o que fazer na casa de um amigo e um livro desses estava abandonado sobre uma mesa de centro.
Achei intrigante a velocidade com que conseguia ler aquelas palavras desconexas e sem muito sentido, cheio de metáforas e “lições de moral”, imagino que os primeiros capítulos eram dedicados ao alto-conhecimento,  falavam de como se deveria livrar de preconceitos e reconsiderar as suas atitudes pois provavelmente essas atitudes que levaram a pessoa a uma situação difícil. É claro que se a pessoa faz algo errado ela passará por uma situação difícil, e se ela lê um livro de auto-ajuda, é claro que bem ela não está (no meu caso, o tédio estava me castigando).
Achei boa a vinculação da imagem humana como um tijolo, para que ele fizesse parte de uma parede ele deveria ser sólido em suas atitudes. Não devo ter chego ao ponto que o livro fala da parede, mas não ficaria surpreso que ele não tivesse uma passagem que explicasse aquela baboseira toda, algo como o LOST que no final simplesmente acaba e não explica quase nada.
Eu adoro escrever, mas se escrevesse um livro de auto-ajuda ele não teria nada mais que duas frases: 1ª- Você tem duas opções lutar ou desistir ; 2ª- independente qual seja a opção que você faça, não tenha medo de repensa-la!
Isso me lembra programas religiosos da TV aberta de madrugada, eles falam que deus tem uma mensagem para quem está vendo, por que deus sabe que a pessoa tem problemas, e que deus pode resolver, é só pagar 10% como dizimo. Quem está acordado de madrugada, ou é segurança noturno, pessoas com insônia, ou pessoas com problemas que não conseguem dormir. Pensando que hoje em dia mais de 50% da população de alguma maneira tem problemas pra resolver, sendo que a maioria dessas pessoas é problemas financeiros. Ai é fácil angariar mais fiéis, é só contratar um pessoal de publicidade e propaganda que tudo fica certo, ouvi esses dias um de meus funcionários falar “pequenas empresas, grande negócios”, achei interessante pois estou com esse negócio de religião na cabeça.
Falando nisso, ontem postei uma frase em alemão e nem me dei conta, peço desculpas pela minha gafe, a frase traduzida é “a religião é o ópio do povo” foi uma frase muito disseminada pela ideologia marxista.

Um bom dia a todos.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Religião

Boa noite

Estou vendo todo esse clima de tensão nos paises muçulmanos que vivem ditaduras não declaradas, em um estado dito democrático que os mesmos governantes se mantêm a mais de vinte anos no poder (variando de pais para pais) e que os filhos destes governantes caso se tornem candidatos podem abalar a estrutura democrática do pais me lembram monarquias modernas.
O que me deixa mais intrigado é a situação de brasileiros nestes paises, eu fico pensando em qual pais não há brasileiros. O que eu acho mais engraçado é que os jornais noticiam a situação do pais com correspondentes internacionais e deixam em segundo plano esses compatriotas em segundo plano, enquanto os gestores do pais não fazem nada com a desculpa de não se envolver em assuntos internos do pais. Se tem um único brasileiro sofrendo por conta desta situação é dever do estado brasileiro fazer alguma coisa.
Não sou brasileiro, nasci na Inglaterra e fui criado na França, vim para o Brasil a critério emergencial para resolver algumas pendências de meu trabalho, me apaixonei por esta terra e aqui estou a mais de dez anos. Entendo que muitas vezes as pessoas tenham que sair do pais para que posam garantir o sustento de suas famílias, ou para fazer turismo, mas isso é motivo para que o pais os abandone em um pais estranho? No mínimo o Itamaraty deveria saber onde estão essas pessoas, saber se precisam de ajuda, e fazer algo, talvez falte este instinto patriótico nesta terra.
Acho uma pena o que houve no Cairo, com a destruição de patrimônios culturais, estes danos são incalculáveis tanto culturalmente quanto economicamente, o turismo da região está abalado para sempre.
Acho que assim que tiver condições irei visitar a região, conhecer Egito, Irã, Iraque. Lugares que conheço apenas pelos livros por serem o berço da civilização que temos hoje.
Embora eu acompanhe com certa felicidade essas revoltas populares, onde a união faz a força, fazendo de um ato de anarquia um nascer para uma nova vida para muitas das pessoas, também vejo com apreensão pelo futuro incerto que se faz ver dos próximos anos destes paises. Embora nadem em petróleo, que hoje é o bem mais valioso explorado no planeta isso nunca impediuque a população vivesse em miséria e disputas.
Torço para que eles façam uma coisa muito difícil, passem por cima de diferenças antigas e culturais e se façam fortes pela unidade por um futuro melhor. E não posso deixar de dizer que isso se deve a religião, "Die Religion ... Sie ist das Opium des Volkes" Hegel disse isso, e acho que é uma máxima. Na próxima vez que ler um livro de religião, seja ele a Bíblia, o Corão, o Tanakh (ou velho testamento), ou qualquer outro, o leiam como literatura, não como uma constituição, onde religião e política se misturam não há discussão com sensatez.
Bom dia a todos!